Clima de escola e táticas de gestão de conflito – Estudo quantitativo com estudantes portugueses

Autores

  • Pedro Cunha Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Praça 9 de Abril, 349 4249-004 Porto, Portugal
  • Ana Paula Monteiro Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Escola de Ciências Humanas e Sociais- Departamento de Educação e Psicologia Complexo Pedagógico, Quinta de Prados 5001- 801 Vila Real, Portugal
  • Abílio Afonso Lourenço CIPE - Centro de Investigação em Psicologia e Educação Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano Av. Camilo, 4300-096 Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.21615/cesp.9.2.1

Palavras-chave:

Gestão de Conflito, Clima de Escola, Escola

Resumo

O artigo trata de uma investigação quantitativa dedicada a analisar a relação entre clima na escola e táticas de gestão de conflito. O estudo foi realizado com uma amostra de 348 alunos de escolas públicas de Portugal. Em contexto de sala de aula foram aplicados a CTS (Conflict Tactic Scale), o CLES (Questionário do Clima de Escola) e uma ficha de dados pessoais e escolares (para analisar as variáveis sexo, ano de escolaridade, número de reprovações e horas de estudo). Os resultados demonstram que a utilização de táticas não violentas (negociação e discussão) na gestão dos conflitos interpessoais influencia positivamente o clima de escola. Apontam ainda para relações estatisticamente significativas entre o sexo e as estratégias não violentas, entre o sexo e violência física, entre violência emocional e clima de escola e entre violência física e clima de escola. São ainda indicadas as implicações para a realidade estudada nas escolas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pedro Cunha, Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Praça 9 de Abril, 349 4249-004 Porto, Portugal

Professor com agregação e investigador da Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

Ana Paula Monteiro, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Escola de Ciências Humanas e Sociais- Departamento de Educação e Psicologia Complexo Pedagógico, Quinta de Prados 5001- 801 Vila Real, Portugal

Professora auxiliar e investigadora da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Escola de Ciências Humanas e Sociais- Departamento de Educação e Psicologia.

Abílio Afonso Lourenço, CIPE - Centro de Investigação em Psicologia e Educação Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano Av. Camilo, 4300-096 Porto, Portugal

Professor titular e investigador do Centro de Investigação em Psicologia e Educação (CIPE) do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano.

Referências

Antunes, J. (2002). Motivação e atitudes dos jovens alunos face ao ambiente da aula e da escola. Tese de mestrado, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, Lisboa.

Ayas, T., Deniz, M., Kagan, M., & Kenç, M. F. (2010). An investigation of conflict resolution strategies of adolescents. Procedia Social and Behavioral Sciences, 2(2), 3545–3551.

Barros, N. (2010). Violência nas Escolas. Bullying. Lisboa: Bertrand Editora.

Blaya, C. (2008). Violência e Maus-Tratos em Meio Escolar. Lisboa: Horizontes Pedagógicos, Instituto Piaget.

Brunet, L. (1995). Clima de trabalho e eficácia de escola. In Nóvoa, A. (org.) As organizações escolares em análise. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

Byrne, B. M. (2001). Structural Equation Modeling With AMOS – Basic Concepts, Applications, and Programming. New Jersey: Lawrence Erlbaum.

Cascón, P. S. (2001). Educar en y para el conflicto. Cátedra UNESCO sobre Paz y Derechos UNESCO. Barcelona: Escola de Cultura de Pau.

Cornejo, R., & Redondo, J. M. (2001): “El clima escolar percibido por los alumnos de enseñanza media”. Revista Última Década, 15(9), 11-52.

Costa, M. E., & Matos, P. M. (2006). Abordagem Sistémica do Conflito. Lisboa: Universidade Aberta.

Curran, P. J., West, S. G., & Finch, J. F. (1997). The robustness of test statistics to non-normality and specification error in confirmatory factor analysis. Psychological Methods, 1, 16–29.

Freiberg, H. J. (1998). Measuring school climate: Let me count the ways. Educational Leadership, 56(1), 22-26.

Hoy, W., & Miskel, C. (2005). Education administration: Theroy, research, and practice (7ª ed.). New York: McGraw-Hill.

LaRusso, M., & Selman, R. (2011). Early Adolescent Health Risk Behaviors, Conflict Resolution Strategies, and School Climate. Journal of Applied Developmental Psychology 32(6), 354-362.

Lowe, B., Winzar, H., & Ward, S. (2007). Essentials of SPSS for Windows versions 14 & 15: a business approach. South Melbourne, Victória: Thomson Learning Australia.

Martínez Zampa, D. (2005). Mediación educativa y resolución de conflictos: modelos de implementación. Buenos Aires: Ediciones Novedades Educativas.

Martins, J. S. (2005). Violência e maus-tratos em contextos de socialização e delinquência juvenil. Tese de Doutoramento. Universidade de Santiago de Compostela, Faculdade de Psicologia, Espanha.

Paiva, M. O. A, & Lourenço, A. A. (2010). Disrupção escolar e rendimento académico: um estudo com modelos de equações estruturais. In Actas do VII Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia. Braga: Universidade do Minho.

Paiva, M. O. A, & Lourenço, A. A. (2011). Ambiente da sala de aula: um estudo de caso. Educação & Filosofia, 25(49), 17 - 42.

Peterson, R. L., & Skiba, R. J. (2001). Creating school climates that prevent violence. The Clearing House: A Journal of Educational Strategies, Issues and Ideas, 74(3), 155-63.

Revez, M. (2004). Gestão das Organizações Escolares Liderança Escolar e Clima de Trabalho. Um estudo Caso. Chamusca: Edições Cosmos.

Steffgen, G., Recchia, S., & Viechtbauer; W. (2013). The link between school climate and violence in school: A meta-analytic review. Aggression and Violent Behavior, 18(2), 300–309.

Straus, M. A. (1979). Measuring intrafamily conflict and violence: The Conflict Tactics (CT) Scales. Journal of Marriage and Family, 41(1), 75-86.

Straus, M. A., Hamby, S. L., Finkelhor, D., Moore, D. W., Runyan, D. (1998). Identification of child maltreatment with the parent-child conflict tactic scales: Development and psychometric data for a national sample of American parents. Child Abuse and Neglect, 22(4), 249-270.

Torrego, J. C. (2001). Modelos de regulación de la convivencia. Cuadernos de Pedagogía, 304, 20-28.

Torrego, J. C. (2007). Convivencia, Conflicto y Escuela. In J. M. Moreno Olmedilla & F. Luengo Orcajo. Construir ciudadanía e prevenir conflictos (pp. 49-59). Madrid: Wolters Kluwer.

Ullman, J. B., & Bentler, P. M. (2004). Structural Equation Modeling. In M. Hardy & A. Bryman (Eds), Handbook of data analysis (pp. 431-458). London: Sage.

Zullig, K. J., Huebner, E. S., & Patton, J. M. (2011). Relationships among school climate domains and school satisfaction. Psychology in the Schools, 48(2), 133-145.

Publicado

2016-09-16

Como Citar

Cunha, P., Monteiro, A. P., & Lourenço, A. A. (2016). Clima de escola e táticas de gestão de conflito – Estudo quantitativo com estudantes portugueses. Revista CES Psicología, 9(2), 1–11. https://doi.org/10.21615/cesp.9.2.1

Edição

Seção

ARTÍCULOS