Glândulas salivares: um estudo clínico-histopatológico
DOI:
https://doi.org/10.21615/cesodon.32.1.2Palavras-chave:
Glândulas Salivares, Patologia, Diagnóstico, XerostomiaResumo
Introdução e objetivo: As doenças que afetam as glândulas salivares cobrem uma ampla gama de condições e etiologias, incluindo patologias infecciosas, inflamatórias, imunológicas ou neoplásicas. O objetivo deste estudo foi identificar as doenças mais frequentes das glândulas salivares diagnosticadas na Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (FOAr-UNESP). Materiais e métodos: Este estudo retrospectivo descritivo incluiu todos os casos de doenças da glândula salivar diagnosticados entre 2009 e 2013. No total, foram avaliados 2,236 prontuários clínicos do Serviço de Medicina Oral e 1,217 laudos histopatológicos do Serviço de Diagnóstico Histopatológico. Resultados: Foram identificadas 254 doenças das glândulas salivares, predominantemente mulheres (1,5 F/M). Os diagnósticos mais frequentes foram mucocele (38,6%), sialolitíase (6,7%), sialadenite (5,1%), ranula (4,3%), síndrome de Sjögren (2,8%), adenoma pleomórfico (1,2%) e carcinoma mucoepidermóide (1,2%). O diagnóstico histopatológico mais freqüente foi o fenômeno de extravasamento de muco (85.2%). Um achado clínico comum foi a xerostomia (39%), principalmente em pacientes tratados com anti-hipertensivos (42,4%), psiquiátricos (35,3%), anti-inflamatórios (20,2%) e medicamentos para tratamento de úlceras gástricas (13,1%). Conclusões: Nossos achados mostram a importância de um diagnóstico cuidadoso, não só das lesões neoplásicas, mas também de patologias de origem autoimune, inflamatória e traumática, que compõem um maior número de casos. Além disso, os profissionais de saúde bucal devem estar cientes da alta frequência de xerostomia e sua associação com o uso de certos medicamentos, devido ao seu impacto negativo na qualidade de vida daqueles que sofrem dessa condição.
Downloads
Referências
Wolff A, Joshi RK, Ekström J, et al. A Guide to Medications Inducing Salivary Gland Dysfunction, Xerostomia, and Subjective Sialorrhea: A Systematic Review Sponsored by the World Workshop on Oral Medicine VI. Drugs R D. 2017; 17(1):1-28.
Nadig SD, Ashwathappa DT, Manjunath M, Krishna S, Annaji AG, Shivaprakash PK. A relationship between salivary flow rates and Candida counts in patients with xerostomia. J Oral Maxillofac Pathol. 2017; 21(2):316.
Diaz de Guillory C, Schoolfield JD, Johnson D, et al. Co-relationships between glandular salivary flow rates and dental caries. Gerodontology. 2014; 31(3):210-219.
Fox PC, Busch KA, Baum BJ. Subjective reports of xerostomia and objective measures of salivar gland performance. J Am Dent Assoc. 1987; 115(4):581-584.
Thomson WM, Brown RH, Williams SM. Medication and perception of dry mouth in a population of institutionalized elderly people. N Z Med J. 1993; 106(957):219-221.
Murray Thomson W, Poulton R, Mark Broadbent J, Al-Kubaisy S. Xerostomia and medications among 32-year-olds. Acta Odontol Scand. 2006; 64(4):249-254.
Niklander S, Veas L, Barrera C, Fuentes F, Chiappini G, Marshall M. Risk factors, hyposalivation and impact of xerostomia on oral health-related quality of life. Braz Oral Res. 2017; 31:e14.
Hopcraft MS, Tan C. Xerostomia: na update for clinicians. Aust Dent J. 2010; 55(3):238-244; quiz 353.
Fonseca FP, Carvalho M de V, de Almeida OP, Rangel AL, Takizawa MC, Bueno AG, et al. Clinicopathologic analysis of 493 cases of salivary gland tumors in a Southern Brazilian population. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2012;
(2):230-239.
Moreira ARO, Oliveira CDM, Figueirêdo EP, R.R. S, Lopes FF, Bastos EG. Epidemiology of salivary glands diseases in São Luís – MA – a survey of twenty years. RFO. 2009; 14(2):105-110.
Kramer IR, Pindborg JJ, Bezroukov V, Infirri JS. Guide to epidemiology and diagnosis of oral mucosal diseases and conditions. World Health Organization. Community Dent Oral Epidemiolog. 1980; 8(1):1-26.
Bettio A, Salgado G, L.R. A-A, Machado MAN, Grécio AMT, Lima AAS. Prevalence of salivary glands lesions from histopathologic diagnosis of Experimental Pathology Laboratory of PUCPR in the period of 1999-2008. Rev Sul-Bras Odontol. 2009; 6(3):231-236
Lukšić I, Virag M, Manojlović S, Macan D. Salivary gland tumours: 25 years of experience from a single institution in Croatia. J Craniomaxillofac Surg. 2012; 40(3):e75-81.
Lawal AO, Adisa AO, Kolude B, Adeyemi BF, Olajide MA. A review of 413 salivary gland tumours in the head and neck region. J Clin Exp Dent. 2013; 5(5):e218-222.
Araya J, Martinez R, Niklander S, Marshall M, Esguep A. Incidence and prevalence of salivary gland tumours in Valparaiso, Chile. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2015; 20(5): e532–e539.
Sotelo-Gavito JJ, Pérez-Montaño M, Alderete-Vázquez G, Capetillo-Hernández G, Grube-Pagola P.Salivary gland tumors in Veracruz. Experience of two institutions. Rev Med Inst Mex Seguro Soc. 2018; 56(2):148-153.
Millsop JW, Wang EA, Fazel N. Etiology, evaluation, and management of xerostomia. Clinics in Dermatology. 2017; 35: 468–476.
Moritsuka M, Kitasako Y, Burrow MF, Ikeda M, Tagami J, Nomura S. Quantitative assessment for stimulated saliva flow rate and buffering capacity in relation to different ages. J Dent. 2006; 34(9):716-720.
Affoo RH, Foley N, Garrick R, Siqueira WL, Martin RE. Meta-Analysis of Salivary Flow Rates in Young and Older Adults. J Am Geriatr Soc. 2015; 63(10):2142-2151.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 CES Odontología

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Métricas do artigo | |
---|---|
Vistas abstratas | |
Visualizações da cozinha | |
Visualizações de PDF | |
Visualizações em HTML | |
Outras visualizações |