Relação entre o consumo habitual de serviços de redes sociais e a saúde mental de estudantes universitários

Resumo

Objetivo: Descrever a relação entre o uso habitual de serviços de redes sociais on-line e a saúde mental de estudantes universitários. Metodologia: Pesquisa descritiva, transversal e correlacional. A amostra foi composta por 286 estudantes universitários da Faculdade de Ciências da Saúde de uma universidade em Montería (Córdoba, Colômbia) durante 2022. Se realizo um método de amostragem aleatória estratificada em duas etapas. Foram aplicadas pesquisas e o Questionário Geral de Saúde (GHQ-12). Frequências absolutas e relativas, estatísticas do qui-quadrado (valor de p a 0,05) e Odds Ratio (OR) foram estimados. Resultados: As redes sociais mais usadas na internet foram Instagram e Facebook. A maioria dos participantes era do sexo feminino (64,3%) e tinha entre 22 e 24 anos (30,4%). Cerca de 58% residiam no estrato socioeconômico 1 e, de forma geral, 56,6% tinham um nível de renda familiar entre 1 e 3 salários mínimos. Foi possível estabelecer uma relação entre o consumo habitual de serviços de redes sociais e o estado de saúde mental. Os resultados do GHQ-12 mostraram uma medida predominante de saúde mental insatisfatória (61,5%) e regular (28,7%), enquanto uma minoria (9,8%) apresentou um nível de saúde mental adequado. Conclusão: Foi demonstrada uma relação entre o uso regular de serviços de redes sociais e o estado geral de saúde mental dos estudantes. O risco para a saúde mental é reduzido quando os estudantes usam entre 1 e 3 redes sociais (OR: 0,49); enquanto isso, participação em 4 ou mais redes triplica esse risco (OR: 1,74).